quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Direitos e desenvolvimento dos povos indígenas no encontro da Igreja católica na Amazónia Legal - Não só evangelização

Manaus, 31. «Lutamos e sofremos e muitos líderes foram assassinados durante a reconquista do nosso território, e ficaram sinais de violência no nosso povo durante a colonização. Estamos de novo a assistir a um ataque contra as populações indígenas e já se contam outros homicídios em todo o país. Os índios foram abandonados à própria sorte e isto porque há terras e direitos originários que devem ser consolidados a favor deles»: é só um dos muitos testemunhos levados ao primeiro encontro da Igreja católica na Amazônia Legal, realizado de 28 a 31 de Outubro em Manaus, capital do Estado brasileiro do Amazonas.
O encontro de Manaus foi o prosseguimento ideal da décima reunião dos bispos da Amazônia que se realizou em Santarém (Pará) em Julho de 2012. Naquela ocasião – depois de quarenta anos do histórico Documento de Santarém assinado no sulco  produzido pelo concílio Vaticano II – os prelados brasileiros reconfirmaram  as prioridades da sua missão pastoral, atribuindo-lhe novos compromissos, consequência de problemáticas que em 1972 ainda não existiam.  As  diretrizes da evangelização  na Amazônia  permanecem as mesmas mas, como explicou o bispo de Santarém, D. Flávio Giovenale, «em Manaus o debate foi mais amplo porque era a primeira vez que todo o episcopado da Amazônia Legal se reunia e porque era necessário responder  também à explícita solicitação do Papa Francisco a fim de que a Igreja no Brasil faça sentir a sua presença na Amazônia».
No centro dos trabalhos, a análise da realidade política, social, econômica  cultural e religiosa da região, juntamente com o contributo da Igreja católica  para a promoção e a defesa dos habitantes daquela zona e da sua rica biodiversidade. Participaram entre  outros o cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão episcopal para a Amazônia  D. Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, o arcebispo D. Giovanni d'Aniello, núncio apostólico no Brasil, e representantes do Conselho episcopal latino-americano e de Adveniat, Fundação-ponte entre a Alemanha e  a América Latina.

L’Osservatore RomanoFonte: http://www.news.va/pt/news/nao-so-evangelizacao

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Periferias existenciais e família: a mensagem do Papa à Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas

Busan (RV) – Teve início esta quarta-feira em Busan, na Coreia do Sul, a X Assembleia Geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI).

Até o dia 8 de outubro, os membros do Conselho debaterão o tema “Deus da Vida, leva-nos à justiça e à paz”. A Assembleia é o órgão de gestão mais importante do CMI e é convocada a cada sete anos. Participam mais de três mil representantes de 345 Igrejas e comunidades eclesiais. A Assembleia precedente foi realizada em 2006 em Porto Alegre (RS).

O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Card. Kurt Koch, leu esta manhã a mensagem do Papa Francisco, em que reitera o empenho da Igreja Católica a continuar a cooperação de longa data com o Conselho. O Pontífice destaca que “o mundo globalizado requer dos cristãos o testemunho do valor da dignidade da pessoa que vem de Deus”, defendendo a educação integral dos jovens e uma promoção da pessoa que permita aos indivíduos e às comunidades crescerem em liberdade.

O Papa Francisco pede apoio às famílias, célula fundamental da sociedade, e garantias para que não seja impedido o exercício da liberdade religiosa.
“Em fidelidade ao Evangelho – explica o Francisco – "somos chamados a alcançar todos os que se encontram nas periferias existenciais da sociedade e a levar solidariedade aos irmãos e às irmãs mais vulneráveis”. E o Papa cita nomeadamente “os pobres, os deficientes, os nascituros e os doentes, os migrantes e os refugiados, os idosos e os jovens sem emprego”.
Por fim, o Pontífice garante a sua oração para que a “Assembleia contribua a dar novo impulso vital e nova visão a todos os que estão empenhados na causa sagrada da unidade dos cristãos”.

O Secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Dom Brian Farrell, guia a delegação oficial católica, composta por 25 pessoas. A Igreja Católica, mesmo não sendo membro do CMI, colabora ativamente com o organismo, através principalmente do “Grupo Misto de Trabalho”, instituído em 1965. A Rádio Vaticano acompanha os trabalhos da Assembleia com a enviada, Philippa Hitchen.




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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Comunicação e participação cidadã: meios e processos" é tema do 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom), aberto oficialmente no domingo, 27 de outubro, no hotel Praiamar, em Natal (RN). 
 
A cerimônia foi presidida pelo arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, e pelo Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa.
 
"Se eu puder definir este 8º Muticom com uma palavra, eu diria esperança. Uma esperança que não decepciona, e esta alegria de ver cada vez mais o desafio de Paulo VI, que seremos julgados pelas futuras gerações pelo bom ou mau uso que fizermos dos meios de comunicação", afirmou Dom Dimas. "Acho que o Mutirão vai ser um momento de muita comunhão, de partilha no que diz respeito à nossa missão", afirmou a Presidente da Signis Brasil, irmã Helena Corazza, em entrevista ao site do evento.
 
As atividades continuam nesta segunda-feira no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com celebrações, seminários e a Feira de Comunicação. Hoje, a programação começou com a missa, seguida de uma conferência com o jornalista Muniz Sodré. Na parte da tarde, ocorrem simultaneamente os 14 grupos de trabalho.
 
Para a reitora da UFRN, Ângela Paiva Cruz, a realização do Muticom em parceria com a universidade é um fato muito positivo. "Neste evento vamos ter a possibilidade de fazer uma discussão cientifica acadêmica da questão da comunicação sobre os meios e processos que venham qualificar a atuação na comunicação da religião católica".
 
A programação acadêmica do 8º Muticom termina na quinta-feira, 31 de outubro. A sexta-feira, 1º de novembro, será dedicada a passeios. (MJ/CNBB)

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http://pt.radiovaticana.va/news/2013/10/28/come%C3%A7a_o_8%C2%BA_mutir%C3%A3o_brasileiro_de_comunica%C3%A7%C3%A3o_/bra-741579
do site da Rádio Vaticano 

Dia Nacional da Juventude

Todos os anos, a Igreja Católica dedica um dia para lembrar o papel e a importância dos jovens na continuidade da missão religiosa: o Dia Nacional da Juventude (DNJ). Com o tema “Juventude e missão” e o lema, “Jovem: levante-se, seja fermento!, o DNJ é lembrado em muitas dioceses do país no último domingo de outubro, portanto foi comemorando em muitos lugares ontem, domingo; em outras dioceses será no próximo domingo, dia 3 de novembro.
 
De acordo com o Assessor da Comissão Episcopal de Pastoral para a Juventude, Padre Antônio Ramos do Prado, SDB, o DNJ deste ano tem a intenção de fazer com que a juventude reflita sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2013 e a realidade em que vivem. 

 
“A proposta do DNJ é celebrar a caminhada da vida e ações de evangelização que os jovens realizaram ao longo do ano. O segundo enfoque é que durante os meses de setembro, outubro e novembro os jovens se reúnam em torno do subsídio para aprofundar uma temática (a maioria das temáticas estão ligadas a Campanha da Fraternidade)”, afirmou. 
 
O Assessor da Comissão Pastoral para Juventude acrescentou, ainda, que nesse ano a temática está mais ligada a dimensão missionária: “Os jovens são convidados a realizar missões populares nas paróquias, presídios, escolas, hospitais, etc.”.
 
Na nossa Arquidiocese de Olinda e Recife (Vicariato Recife Sul 2) o DNJ acontecerá no domingo (10 de outubro) no território da paróquia do IPSEP. Terá início às 8h e se encerrará as 15h. A juventude está se mobilizando e da nossa Paróquia sairá dois ônibus as 7h30, juntamente com o Padre Fábio, das mediações da Escola Jaboatão dos Guararapes.


Texto proveniente da página 
do site da Rádio Vaticano
(Modificado)

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Novo Administrador Paroquial!


Na quarta-feira (2/out) o Arcebispo Dom Fernando empossou o Padre Fábio como administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Rosário - Novo Guararapes. Com palavras muito ungidas, agradeceu pelo belo trabalho de Padre Cosmo nesses 2 anos e 8 meses a frente da comunidade e acolheu o Padre Fábio nesse dia de festa dos Santos Anjos da Guarda. "Esse é um momento importante, a mudança é importante em nossas vidas, os missionários vem e vão pois estão a serviço do Reino de Deus", afirmou. "Padre Cosmo ajudou esta comunidade na caminhada da fé, e hoje na Festa da Padroeira, nesse mês de missões e do Santo Rosário, somos motivados ao engajamento na fé. Que a juventude dessa comunidade, em sintonia com a CF 2013 e a JMJRio2013, ajude o novo padre a evangelizar os jovens, como nos pediu o Papa Francisco em sua visita ao Brasil."



Nosso Pastor comentou as leituras desta festa dos Anjos. "A liturgia nos lembra que eles nos protegem, acompanham os escolhidos de Deus, conduzindo-os à Deus. O Evangelho traz a figura das crianças que simbolizam a humildade, a confiança e a esperança. Somos, portanto convocados a acreditar e confiar no Pai do Céu, pois somos crianças diante d'Ele. Ele sabe nossas fraquezas. Busquemos fazer sua vontade, isso é importante".


Após comentar as leituras, ressaltou a Missão do sacerdote ao assumir uma Paróquia. "A Paróquia é uma porção do povo de Deus, e o padre é a extensão do Bispo na localidade (igreja particular). Por isso a Paróquia deve andar em comunhão com o Padre, apoiando-o e ajudando-o na missão. Nesse começo de caminhada, acompanhemos padre Fábio, sejamos unidos e fraternos para que ele se sinta em casa, como já está se sentindo".

Após exortar os fiéis na comunhão eclesial, lembrou o compromisso do padre ao assumir a comunidade paroquial (tríplice múnus):
1. Santificar o povo de Deus e se santificar - no exemplo e nos sacramentos, promovendo o Amor entre todos.
2. Ensinar o povo no compromisso com a Palavra, que é alimento. Para isso buscar auxílio das pastorais, pois só se ama o que se conhece, portanto, uma comunidade que não cresce na Palavra e não vive o que ela contém se esvazia. Logo o padre de promover formações, a Catequese Paroquial tem que ser bem feita, sobretudo com atenção especial a Catequese para Adultos.
3. Administrar (governar) - fazer uso dos conselhos pastorais e administrativos. O padre não pode fazer tudo sozinho.

Estejam os fiéis abertos a colaboração!
Vivamos na unidade e as graças de Deus serão derramadas sobre nós!



Logo após deu-se início ao Rito de Posse do novo Administrador Paroquial, com a leitura da Carta de Posse, feita pelo padre Cosmo; a renovação do propósito de ordenação do padre Fábio feita pelo Arcebispo; a renovação das promessas batismais (Credo) de padre Fábio, com a Igreja de pé; a leitura da carta de posse feita pelo novo padre, assumindo fidelidade à Palavra de Deus, ao magistério e à Tradição Eclesiástica.
Em seguida os sacerdotes foram ao santíssimo e incensaram o mesmo permanecendo lá por alguns minutos em oração. Por fim Dom Fernando entrega o documento de provisão canônica e as chaves da igreja e padre Fábio foi declarado oficialmente Administrador paroquial com salva de palmas.




O Padre Fábio dirigiu suas primeiras palavras após assumir a Paróquia Nossa Senhora do Rosário - Novo Guararapes. Agradeceu a presença do Arcebispo e falou: "Quero ser o braço, as mãos, a boca do Bispo aqui na comunidade". Agradeceu ao Padre Cosmo pela amizade e disse que aprendeu com ele um pouco mais do povo. Também agradeceu a todos que o ajudaram nessa nova caminhada. 

  • ·         O Sacerdote, ainda no uso da palavra disse para a Assembleia "Amados e amadas de Deus; irmãos e irmãos em Cristo; templos do Espírito Santo e membros da Igreja que somos todos e cada um. Se eu pudesse dar uma opinião ao Rito de Posse seria de que o padre recebesse o jarro, a bacia e a toalha nas mãos para lembrar o gesto que deixou o Senhor de servir”. Falou ainda que “ Assim quero eu ser, um servo, e continuar o trabalho dos que por aqui passaram e ainda mais, resgatar a identidade e a memória dessa comunidade. A nossa vida estará centrada em viver, celebrar e anunciar a Páscoa. Teremos aqui Escola da Fé, estudaremos a Palavra e conheceremos os Documentos da nossa Igreja. Teremos uma forte Pastoral Social” Por fim, disse que estava nervoso e feliz e concluiu convocando a todos e a todas de “ por Cristo, com Cristo e em Cristo, dando ao Pai toda honra e toda glória, na unidade do Espírito Santo viver a Páscoa com vocês neste lugar”.

Vamos juntos, obrigado!













Homenagem ao Beato João Paulo II

Ontem, 22 de outubro, a Igreja comemorou a festa do Beato João Paulo II, beatificado por Bento XVI na solene celebração do dia 1 de maio de 2011, que coincidia com o domingo da Divina Misericórdia, Solenidade estabelecida no Ano 2000 pelo próprio Papa polonês falecido em 2005 na véspera desta solenidade.

Esta mesma Solenidade foi a escolhida pelo Papa Francisco para canonizá-lo junto com João XXIII, no dia 27 de abril de 2014, que cairá precisamente no domingo dedicado à Divina Misericórdia.

Foi no dia 22 de outubro de 1978 que o Papa polonês deu início a seu ministério petrino como 263º sucessor do Apóstolo Pedro. Esse dia o Papa com a frase: "Não tenhais medo! Abri –ainda mais– abri de par em par as portas a Cristo!”.

“Não tenham medo! Cristo conhece «o que há dentro do homem». Só Ele conhece!" recordou o Papa Francisco na quarta-feira passada em sua audiência geral, no marco do 35º aniversário da eleição do Karol Wojtyla à Sede de Pedro. "Encomendo todos os que estão presentes aqui e seus seres queridos à celestial intercessão do Beato João Paulo II, no trigésimo quinto aniversário de sua eleição à Cátedra de Pedro e os abençoou de coração: Louvado seja Jesus Cristo!", disse o Pontífice argentino.

O pontificado de João Paulo II foi um dos mais longos da história da Igreja e durou quase 27 anos. Ele ampliou notavelmente o Colégio cardinalício, criando 231 cardeais - mais um "in pectore", (cujo nome não se fez público mesmo após da morte do Papa Wojtyla) em 9 consistórios. Um dos cardeais criados pelo João Paulo II foi Jorge Mario Bergoglio – hoje Papa Francisco – em janeiro de 2001, com o nome de outros 32 cardeais.

Quatro anos depois, o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires e Primaz da Igreja Argentina, celebrava a Santa Missa em memória de João Paulo II, destacando a coerência obediencial e transcendental de seu coração à vontade de Deus.

"Recordamos hoje um homem coerente que uma vez disse que este século não necessita de mestres, necessita de testemunhas, e quem é coerente é uma testemunha. Um homem que põe sua carne no fogo corrobora com a entrega da própria carne, com a sua visa inteira e sua transparência, a coerência com aquilo que ele prega", dizia o então cardeal de Buenos Aires.

Em 2005, o Papa Bento XVI dispensou a causa de beatificação e canonização de João Paulo II o tempo de cinco anos de espera após da morte do candidato ao ingresso no livro dos santos. A causa foi aberta oficialmente pelo Cardeal Camillo Ruini, vigário geral para a diocese de Roma, em 28 de junho daquele mesmo ano.