quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Francisco propõe diálogo inter-religioso franco e sincero, para evitar fraternidade "de laboratório"



Cidade do Vaticano (RV) – Não é possível pensar numa fraternidade de “laboratório”: foi o que disse o Papa Francisco aos cerca de 50 membros do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, recebidos esta manhã, no Vaticano, por ocasião do encerramento de sua Plenária.

Em seu discurso, o Pontífice comentou a atualidade do tema escolhido para o encontro: “Membros de diferentes tradições religiosas na sociedade”. Citando sua Exortação Evangelii gaudium, Francisco recordou que uma atitude de abertura na verdade e no amor deve caracterizar o diálogo com os fiéis de outras religiões.

De fato, constatou, não faltam no mundo contextos em que a convivência é difícil. Muitas vezes, motivos políticos ou econômicos se sobrepõem às diferenças culturais e religiosas, manipulando incompreensões e erros do passado. Tudo isso gera desconfiança e medo. E para vencer este medo, afirmou o Papa, a única estrada é o diálogo, o encontro marcado pela amizade e pelo respeito. "É a única estrada humana."

Dialogar, acrescentou, não significa renunciar à própria identidade quando se vai ao encontro do outro, nem mesmo ceder a compromissos sobre a fé e a moral cristã. Além disso, o encontro com quem é diferente de nós pode ser a ocasião de crescimento na fraternidade, de enriquecimento e de testemunho.

É por isso que diálogo inter-religioso e evangelização não se excluem, mas se alimentam reciprocamente. Não impomos nada, não usamos nenhuma estratégia desleal para atrair os fiéis, mas testemunhamos com alegria, com simplicidade, aquilo no que cremos e o que somos. Como discípulos de Jesus, devemos nos esforçar para vencer o medo, prontos a fazer o primeiro passo, sem nos deixar desencorajar diante das dificuldades e incompreensões.

Outra desconfiança que deve ser superada, observou ainda o Pontífice, é em relação às tradições religiosas e à dimensão religiosa enquanto tal. Nas sociedades sempre mais secularizadas, a religião é vista como algo inútil ou até mesmo perigosa; e a convivência só seria possível escondendo a própria pertença religiosa, numa espécie de espaço neutro, sem qualquer referência à transcendência.

Francisco então questiona: Como seria possível criar relações verdadeiras, construir uma sociedade que seja autêntica casa comum, impondo que se coloque de lado aquilo que cada um considera a parte mais íntima do próprio ser? Não é possível pensar numa fraternidade ‘de laboratório’.


O futuro, indicou o Papa, está na convivência respeitosa das diversidades, inclusive de quem não crê, e não na homologação a um pensamento único teoricamente neutral, que produziu "tragédias" no decorrer da História.
Torna-se, portanto, imprescindível o reconhecimento do direito fundamental à liberdade religiosa, em todas as suas dimensões. Estamos convencidos de que a edificação da paz no mundo passe por esta via.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ESCOLA DA FÉ (Aula 5)

A ação do Espírito Santo (continuação)

E o Espírito do Pai se une ao nosso Espírito, assim nos tornamos um só ser com Ele. Pelo Batismo fomos sepultados com Cristo na morte, para que assim como Ele foi ressuscitado pela Glória do Pai, nós possamos caminhar numa nova vida. Pois mortos com Cristo, cremos e podemos Ressuscitar com Cristo. Na pessoa de Jesus Cristo, Deus, não só nos ressuscitou, mas nos fez Assentar no céu com Cristo.

O Pai Derramou o seu Espírito em nós e o próprio Espírito se une ao nosso espírito, e sendo um só ser com Cristo, se Ele morre morremos com Ele, somos sepultados com Ele. O verdadeiro Mistério da Fé é a morte e a ressurreição de Cristo; e pela glória de Deus somos Ressuscitados.

Veja tamanha prova de amor o Pai nos deu. CARÍSSIMOS, DESDE JÁ SOMOS FILHOS DE DEUS, MAS O QUE NÓS SEREMOS AINDA NÃO SE MANIFESTOU! Temos que mergulhar no Mistério da Fé, e comungar Cristo, e estar em comunhão também com o irmão. Ir às águas profundas! E poder dizer: "EU AMO PORQUE EU AMO!"

terça-feira, 26 de novembro de 2013

"A alegria do Evangelho": Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual


"A alegria do evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus": assim inicia a Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium" com a qual o Papa Francisco desenvolve o tema do anúncio do Evangelho no mundo de hoje, recolhendo por outro lado a contribuição dos trabalhos do Sínodo que se realizou no Vaticano de 7 a 28 de Outubro de 2012, com o tema "A nova evangelização para a transmissão da fé". "Desejo dirigir-me aos fiéis cristãos - escreve o Papa - para os convidar a uma nova etapa de evangelização marcada por esta alegria e indicar direções para o caminho da Igreja nos próximos anos" (1).

O Papa convida a "recuperar a frescura original do Evangelho”, encontrando "novas formas" e "métodos criativos", sem deixarmos enredar Jesus nos nossos "esquemas monótonos" (11). Precisamos de uma "uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão" (25). Requer-se uma "reforma das estruturas" eclesiais para que "todas se tornem mais missionárias" (27) . O Pontífice pensa também numa "conversão do papado", para que seja "mais fiel ao significado que Jesus Cristo lhe quis dar e às necessidades atuais da evangelização". A esperança de que as Conferências Episcopais pudessem dar um contributo para que "o sentido de colegialidade" se realizasse “concretamente” – afirma o Papa - "não se realizou plenamente" (32). E’ necessária uma “saudável descentralização" (16). Nesta renovação não se deve ter medo de rever costumes da Igreja "não directamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns dos quais profundamente enraizados ao longo da história" (43) .

Sinal de acolhimento de Deus é "ter por todo o lado igrejas com as portas abertas" para que os que vivem uma situação de procura não encontrem "a frieza de uma porta fechada". "Nem mesmo as portas dos Sacramentos se deveriam fechar por qualquer motivo". O Papa Francisco reafirma preferir uma Igreja "ferida e suja por ter saído pelas estradas, em vez de uma Igreja... preocupada em ser o centro e que acaba por ficar prisioneira num emaranhado de obsessões e procedimentos. Se algo nos deve santamente perturbar ... é que muitos dos nossos irmãos vivem "sem a amizade de Jesus” (49).

O Papa aponta as "tentações dos agentes da pastoral": o individualismo, a crise de identidade, o declínio no fervor (78). "A maior ameaça" é "o pragmatismo incolor da vida quotidiana da Igreja, no qual aparentemente tudo procede na faixa normal, quando na realidade a fé se vai desgastando" (83). Exorta a não se deixar levar por um "pessimismo estéril " (84 ) e a sermos sinais de esperança (86) aplicando a "revolução da ternura" (88).

O Papa lança um apelo às comunidades eclesiais para não caírem em invejas e ciúmes: “dentro do povo de Deus e nas diversas comunidades, quantas guerras!" (98). "A quem queremos nós evangelizar com estes comportamentos?" (100). Sublinha a necessidade de fazer crescer a responsabilidade dos leigos, mantidos "à margem nas decisões" por um "excessivo clericalismo" (102). Afirma que "ainda há necessidade de se ampliar o espaço para uma presença feminina mais incisiva na Igreja", em particular "nos diferentes lugares onde são tomadas as decisões importantes" (103). "As reivindicações dos direitos legítimos das mulheres ... não se podem sobrevoar superficialmente" (104). Os jovens devem ter "um maior protagonismo" (106). (…)

Abordando o tema da inculturação, o Papa lembra que "o cristianismo não dispõe de um único modelo cultural" e que o rosto da Igreja é "multiforme" (116). "Não podemos esperar que todos os povos ... para expressar a fé cristã, tenham de imitar as modalidades adoptadas pelos povos europeus num determinado momento da história" (118). O Papa reitera "a força evangelizadora da piedade popular" (122) e incentiva a pesquisa dos teólogos.

O Papa detém-se depois, "com uma certa meticulosidade, na homilia", porque "são muitas as reclamações em relação a este importante ministério e não podemos fechar os ouvidos" (135). A homilia "deve ser breve e evitar de parecer uma conferência ou uma aula " (138), deve ser capaz de dizer "palavras que façam arder os corações", evitando uma "pregação puramente moralista ou para endoutrinar" (142). Sublinha a importância da preparação." (…) O próprio anúncio do Evangelho deve ter características positivas: "proximidade, abertura ao diálogo, paciência, acolhimento cordial que não condena" (165).

Falando dos desafios do mundo contemporâneo, o Papa denuncia o actual sistema económico, que "é injusto pela raiz" (59). "Esta economia mata" porque prevalece a "lei do mais forte". A actual cultura do "descartável" criou "algo de novo": “os excluídos não são ‘explorados’, mas ‘lixo’, 'sobras'" (53). Vivemos uma "nova tirania invisível, por vezes virtual" de um "mercado divinizado", onde reinam a "especulação financeira", "corrupção ramificada", "evasão fiscal egoísta" (56). Denuncia os "ataques à liberdade religiosa" e as "novas situações de perseguição dos cristãos ... Em muitos lugares trata-se pelo contrário de uma difusa indiferença relativista" (61). A família - continua o Papa - "atravessa uma crise cultural profunda.

O Papa reafirma "a íntima conexão entre evangelização e promoção humana" (178 ) e o direito dos Pastores a "emitir opiniões sobre tudo o que se relaciona com a vida das pessoas" (182). "Ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião à secreta intimidade das pessoas, sem qualquer influência na vida social". "A política, tanto denunciada" - diz ele - "é uma das formas mais preciosas de caridade". "Rezo ao Senhor para que nos dê mais políticos que tenham verdadeiramente a peito ... a vida dos pobres!" Em seguida, um aviso: "qualquer comunidade dentro da Igreja" que se esquecer dos pobres corre "o risco de dissolução" (207) .

O Papa convida a cuidar dos mais fracos: "os sem-tecto, os dependentes de drogas, os refugiados, os povos indígenas, os idosos cada vez mais sós e abandonados" e os migrantes, em relação aos quais o Papa exorta os Países "a uma abertura generosa" (210 ). "Entre estes fracos que a Igreja quer cuidar" estão "as crianças em gestação, que são as mais indefesas e inocentes de todos, às quais hoje se quer negar a dignidade humana" (213) . "Não se deve esperar que a Igreja mude a sua posição sobre esta questão ... Não é progressista fingir resolver os problemas eliminando uma vida humana" (214). Neste contexto, um apelo ao respeito de toda a criação: "somos chamados a cuidar da fragilidade das pessoas e do mundo em que vivemos" ( 216) .

Quanto ao tema da paz, o Papa afirma que é "necessária uma voz profética" quando se quer implementar uma falsa reconciliação "que mantém calados" os pobres, enquanto alguns "não querem renunciar aos seus privilégios" (218). Para a construção de uma sociedade "em paz, justiça e fraternidade" indica quatro princípios: "trabalhar a longo prazo, sem a obsessão dos resultados imediatos"; "operar para que os opostos atinjam "uma unidade multifacetada que gera nova vida"; "evitar reduzir a política e a fé à retórica; colocar em conjunto globalização e localização.

"A evangelização - prossegue o Papa - também implica um caminho de diálogo", que abre a Igreja para colaborar com todas as realidades políticas, sociais, religiosas e culturais (238). O ecumenismo é "uma via imprescindível da evangelização". Importante o enriquecimento recíproco: "quantas coisas podemos aprender uns dos outros!". Por exemplo, “no diálogo com os irmãos ortodoxos, nós os católicos temos a possibilidade de aprender alguma coisa mais sobre o sentido da colegialidade episcopal e a sua experiência de sinodalidade" (246). "O diálogo e a amizade com os filhos de Israel fazem parte da vida dos discípulos de Jesus" (248). "O diálogo inter-religioso", que deve ser conduzido "com uma identidade clara e alegre", é "condição necessária para a paz no mundo" e não obscurece a evangelização (250-251). "Diante de episódios de fundamentalismo violento", a Exortação Apostólica convida a "evitar odiosas generalizações, porque o verdadeiro Islão e uma adequada interpretação do Alcorão se opõem a toda a violência" (253). Contra a tentativa de privatizar as religiões em alguns contextos, o Papa afirma que "o respeito devido às minorias de agnósticos ou não-crentes não se deve impor de forma arbitrária, que silencie as convicções das maiorias de crentes ou ignore a riqueza das tradições religiosas" (255). Reafirma, assim, a importância do diálogo e da aliança entre crentes e não-crentes (257).

O último capítulo é dedicado aos "evangelizadores com o Espírito", aqueles "que se abrem sem medo à acção do Espírito Santo", que "infunde a força para anunciar a novidade do Evangelho com ousadia, em voz alta e em todo o tempo e lugar, mesmo em contracorrente" (259). Trata-se de "evangelizadores que rezam e trabalham" (262), na certeza de que "a missão é uma paixão por Jesus mas, ao mesmo tempo, uma paixão pelo seu povo" (268): "Jesus quer que toquemos a miséria humana, que toquemos a carne sofredora dos outros" (270). "Na nossa relação com o mundo – esclarece o Papa - somos convidados a dar a razão da nossa esperança, mas não como inimigos que apontam o dedo e condenam" (271). "Pode ser missionário - acrescenta ele - apenas quem busca o bem do próximo, quem deseja a felicidade dos outros" (272): "se eu conseguir ajudar pelo menos uma única pessoa a viver melhor, isto já é suficiente para justificar o dom da minha vida" (274).






sábado, 23 de novembro de 2013

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Documentário sobre o aborto tem pré-estreia nesta quarta-feira no Recife

cartaz-blood-money
 
Seções acontecerão no Cine Rosa e Silva
Sexta-feira (15/11) 10h e 11h40
Sábado (16/11) 10h, 11h40 e 21h10
Domingo (17/11) 10h e 11h40 

Fones: 9108.5218 - 3034.8261
Av. Conselheiro Rosa e Silva, 1460
programa@moviemax.com.br 

Valores: 
 R$16 (inteira) - R$8 (meia)
Segunda-feira: inteira R$8 - meia R$4 

Está marcada para esta quarta-feira, 13, no Recife, a pré-estreia do documentário “Blood Money – Aborto Legalizado”, uma produção norte-americana independente, assinada pelo diretor David Kyle. Na ocasião, Kyle falará de sua primeira incursão no cinema com esse documentário polêmico, que está se tornando um cult pelo realismo e crueza com que trata o tema e pelas denúncias que faz. O filme de 1 hora e 15 minutos entra em cartaz nos cinemas a partir do dia 15.
 
Segundo Luís Eduardo Girão, diretor da Estação Luz Filmes, que adquiriu os direitos de distribuição no Brasil, o filme “Blood Money – Aborto Legalizado”, pretende atrair o público brasileiro, pois disseca o tema, revelando a experiência prática em um país onde o aborto é legalizado há 40 anos. "Apesar de mais de 70% da população brasileira serem contra a legalização do aborto, de acordo com os principais institutos de pesquisa do país, o tema gera polêmica, causa grande interesse e esclarece o assunto sob vários aspectos".

"Por isso esperamos que provoque repercussão, levando ao amadurecimento deste necessário debate no Brasil, onde ainda teimamos em tratar o aborto com hipocrisia", diz Girão. O documentário de Kyle trata do funcionamento legal desta indústria nos Estados Unidos, mostrando “de que forma as estruturas médicas disputam e tratam sua clientela, os métodos aplicados pelas clínicas para realização do aborto e o destino do lixo hospitalar, entre outros temas, de forma muito realista”, conta Girão.

O filme também faz denúncias como a prática da eugenia e do controle da natalidade por meio do aborto e trata aspectos científicos e psicológicos relacionados ao tema, como o momento exato em que o feto é considerado um ser humano e se há ou não sequelas para a mulher submetida a este procedimento.

“Blood Money – Aborto Legalizado” traz, ainda, depoimentos de médicos e outros profissionais da área, de pacientes, cientistas e da ativista de movimentos negros dos EUA, Alveda C. King, sobrinha do pacifista Martin Luther King, que também apresenta o documentário. Doutora Alveda é envolvida em discussões sobre o mecanismo de controle racial nos EUA – o maior número de abortos é realizado nas comunidades negras.

Segundo o diretor da Estação Luz Filmes, o amplo esclarecimento que o documentário oferece foi o que motivou sua produtora a assinar contrato com Kyle para adquirir os direitos de distribuição no Brasil. “É a primeira vez que o cinema trata o assunto desta forma, tirando-o da invisibilidade em um momento em que a mídia brasileira começa a discutir o assunto com coragem e com a importância que merece. Acreditamos que vá atrair diversos segmentos sociais e pessoas sensíveis a essa questão, sejam elas contra ou a favor da legalização do aborto no Brasil”.
Com informações da assessoria

Fonte: 


terça-feira, 12 de novembro de 2013

ESCOLA DA FÉ (aula 4)



A ação do Espírito Santo.

Jesus, junto ao povo, foi Batizado, e após o Batismo estava orando e o céu se abriu. Jesus cheio do Espírito Santo, voltou ao Jordão guiado pelo Espírito. No deserto foi tentado pelo diabo 40 dias. Jesus cheio da Força do Espírito Santo, voltou a Galileia e sua fama se espalhou por toda região, ensinava nas Sinagogas e era aclamado pelo povo. Na Alegria do Espírito Santo Jesus deu graças ao Pai por ter escolhido os pequenos para revelar. A ação do Espírito Santo aconteceu no batismo, no deserto e na sinagoga. Sabemos que isso aconteceu depois do batismo que João pregou.

A comunhão com os irmãos é necessária para comungar Cristo, pois o irmão é semelhança de Cristo, e na comunhão nos tornamos um só corpo e um só Espírito.
O Pai me ama porque eu dou a minha vida. "Prova de Amor maior não há, que doar a vida pelo irmão". Cristo se oferece ao Pai pelo Espírito Santo, ao se entregar na Cruz como cordeiro que tira o pecado do mundo. Cristo é um Novo Amor.

O mesmo Deus que ressuscitou Jesus, dá vida a nossos corpos. O Batismo de Cristo é o nosso Batismo, a Cruz de Cristo é a nossa Cruz, a morte de Cristo é nossa morte e a Ressurreição de Cristo é a nossa Ressurreição.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Os corruptos e a "dupla vida do cristão" que contribui com a Igreja, mas rouba "do Estado e dos pobres".


O Papa Francisco criticou nesta segunda-feira (11) os corruptos e a "dupla vida do cristão" que contribui com a Igreja, mas rouba "do Estado e dos pobres".

Existe "diferença entre pecar e escandalizar?".

Quem peca gostaria de não pecar mas é fraco, já quem escandaliza, vive uma dupla vida", disse o Papa.


"A diferença é que quem peca, pede perdão, se sente fraco, se sente filho de Deus, se humilha. E pede a salvação de Jesus. Mas aquele que escandaliza, o que escandaliza? Não se arrepende. Continua a pecar, mas finge ser cristão, a dupla vida. E a dupla vida de um cristão faz muito mal, muito mal. 'Mas eu sou um benfeitor da Igreja! Coloco a mão no bolso e dou à Igreja'. Mas com a outra mão rouba, o Estado e os pobres, rouba. É um injusto. Esta é vida dupla", afirmou Francisco.

"Esta pessoa engana, e onde existe enganação, não existe o Espírito de Deus. Esta é a diferença entre pecador e corrupto", disse o Papa.

"Diferente é quem peca e gostaria de não pecar, mas é fraco e vai até o Senhor e pede perdão, este é querido pelo Senhor! O acompanha, está com ele", afirmou o Pontífice. "E nós devemos nos dizer pecadores, sim todos aqui! Corruptos não. O corrupto não sabe o que é a humildade. Jesus, dizia para estes corruptos, que parecem belos por fora, mas dentro são cheios de ossos mortos e de podridão. E um cristão que se vangloria de ser cristão, mas não vive a vida de cristão, é um destes corruptos", destacou Francisco.

Segundo o Papa, "todos conhecemos alguém que esta nesta situação e que faz muito mal à Igreja", porque não vive no espírito do Evangelho, mas no espírito mundano".



sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Papa Escolhe Temas das Próximas JMJ.

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco escolheu os temas das três próximas edições da Jornada Mundial da Juventude.
Os temas marcarão as etapas do itinerário de preparação espiritual que durante três anos conduzirá à celebração internacional com o Sucessor de Pedro prevista para Cracóvia (Polônia) em julho de 2016:
XXIX Jornada Mundial da Juventude, 2014 
“Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (Mt 5,3)
XXX Jornada Mundial da Juventude, 2015 
“Felizes os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8)
XXXI Jornada Mundial da Juventude, 2016 (Cracóvia) 
“Felizes os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia” (Mt 5,7)

Os três temas são extraídos das Bem-aventuranças do Evangelho. No Rio de Janeiro, o Papa Francisco pediu aos jovens, “de todo coração”, que lessem novamente as Bem-aventuranças para delas fazer um concreto programa de vida: “Olhe, leia as Bem-aventuranças, que lhe farão bem!” (cf. Encontro com os jovens argentinos na Catedral de São Sebastião, 25 de julho de 2013).

Fonte: news.va

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

ESCOLA DA FÉ


A princípio veio a criação, Deus criou o Céu, Terra, Mar e tudo que há, Deus disse: "Faça-se, e foi Feito e Deus viu que era bom". E firmou-se o princípio dos tempos. O pai e o Filho são um só, a palavra do Pai é o Filho. Pai = Eu, Amante. Filho = tu, Amado, imagem e Palavra do Pai. Espírito Santo = nós, Amor, Santidade e ação de Deus. A Trindade se divide em duas, Trindade imanente: É o Pai em Si mesmo. E Trindade Transcendente: Que é o Pai saindo de si. Onde o Pai é Pelo Filho no Espírito.


Em seguida o Desenrolar dos tempos, o Pecado Original, onde o Homem quebra o Amor de Deus. Onde Deus não nos vira as costas. Na plenitude dos tempos: Encarnação, Morte e Ressurreição. Segundo São João: "Deus nos amou TANTO que enviou o seu único filho, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha Vida Eterna". Jesus é humano e Deus verdadeiro, Deus sabe ser humano, sabe o que é sofrer porque se fez carne e habitou no meio de nós, passou fome, frio e sede. DEUS é Grande, pois sendo rico se fez pobre, porque Deus é humilde, ele foi crucificado por fraqueza, morto e sepultado, mas ressuscitou ao terceiro dia.
Bendito seja Deus o Pai, porque enviou seu Filho para nos Salvar.

sábado, 2 de novembro de 2013

NA COMUNHÃO DOS SANTOS, NA RESSURREIÇÃO E NA VIDA ETERNA

 

Quando era bem pequeno, no primeiro dia de novembro, a gente atravessava o Rio São Bento em Currais Novos, com nossa avó para lavar o túmulo de Vovô Delmiro e assim, no Dia de Finados, a gente se encontrar à noite, durante a missa no cemitério, com Vovô que tinha morrido sem no entanto morrer.

Em torno da “catatumba”, como chamava tia Bibia, a gente lembrava tantas coisas e contava as histórias de Vovô Delmiro. Acendia velas,  rezava por ele e oferecia flores. No meio das histórias e durante as rezas bonitas e antigas de Vovó, a gente ria, a gente chorava. O dia 02 de Novembro era assim um dia de reencontro. 
A gente sem saber elaborar a profissão de fé, o Credo que todos os domingos se reza na missa, professava com tantos irmãos e irmãs ali presentes, o ...creio na comunhão do santos, na ressurreição da carne e na vida eterna”.

A comunhão dos santos era esse encontro cheio de fé com a gente que ainda estava na terra com os nossos que estão nos céus. A gente não tinha perdido o contato. Se na Mesa da Eucaristia a gente se sentava simbolicamente todos juntos como a gente se sentava  na mesa da casa de Vovô Delmiro para conversar – Mesa da Palavra – e também para comer – Mesa do Pão da Vida e do Cálice da Salvação – ali, naquela mesa em forma de túmulo a gente também se reencontrava com nossas lágrimas e sorrisos. Sem nenhuma elaboração, era uma noite de profissão na comunhão dos santos. Embora Vovô Delmiro tenha morrido, pela fé e a memória cheia de saudades, a gente continuava misteriosamente em comunhão, a morte não tinha conseguido separar a gente de tudo. Vovô tinha morrido sem morrer. A gente professava a fé na “ressurreição e na vida eterna”.

As palavras de Jesus para suas amigas Marta e Maria depois da morte de seu grande amigo Lázaro eram também para a gente esses novos amigos de Jesus. “Eu sou a ressurreição e a vida eterna. Aquele que crê em mim ainda que esteja morto viverá. Aquele que vive em mim jamais morrerá” (Jo, 11,25). A gente acreditava e continua a acreditar nessas palavras cheias de graça e encanto.

A ressurreição e a vida eterna é a Páscoa de Jesus – Deus com o Pai e o Espírito Santo e, Humano com a gente – é a passagem d'Ele da morte para a vida. A Páscoa é também da gente. Morremos e ressuscitamos com Jesus Cristo e assim temos a vida eterna. 
No Dia de Finados a gente estava no cemitério, mas lá bem no fundo do coração se sabia que Deus não nos tinha criado para o cemitério e a morte, e sim para a comunhão dos santos, para a  ressurreição e a vida eterna....

Padre Fabio Potiguar Santos
Administrador Paroquial