Fátima (Terça-feira, 24-07-2012,Gaudium Press)Participando do 38º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica, que está sendo realizado em Fátima, Portugal, o bispo de Bragança-Miranda, Dom José Cordeiro, teceu comentários a respeito do nível das celebrações litúrgicas da Igrejaa Católica.
Celebração Litúrgica deve se expirmir tanto nas categorias de beleza como nas da verdade
O prelado lamentou a pobreza de algumas delas e destacou ser indispensável promover sua qualidade. Conforme Dom Cordeiro, infelizmente, em muitos lugares a liturgia "se reduz a uma proclamação de textos e execução técnica de gestos sem cantos, sem uma linguagem verbal e não verbal que manifeste o mistério e a arte de bem celebrar".
O bispo português destacou a urgência de se realizar uma "liturgia séria, simples, bela, que seja experiência do mistério", e ao mesmo tempo "inteligível, capaz de narrar a perene aliança de Deus com os homens", não esquecendo o "equilíbrio entre a palavra, o canto, o silêncio e o rito".
Segundo Dom Cordeiro é necessário que a liturgia se exprima tanto nas categorias da beleza como nas da verdade.
Iniciado nesta segunda-feira, 23, o 38º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica segue até a próxima sexta-feira, 27, gerando reflexões acerca do tema ‘Eucaristia, Sacramento de Caridade'. (BD)
O Vicariato Recife Sul 2 convoca a Juventude para mais um encontro. O primeiro aconteceu na segunda-feira 9 de julho e serviu para dar início à formação da Comissão, mas não contou com a participação de todas as paróquias do Vicariato e contou com a participação do Vigário Episcopal, Mons. Paulo Vieira Leite. O encontro foi muito positivo e os representantes das paróquias manifestaram o desejo de se encontrar outras vezes para dar passos mais concretos e ficou acertada outra reunião para o dia 28 de Julho (sábado) das 9h as 11h no Salão Paroquial da pracinha de Boa Viagem.
Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI aproveitará seu período de repouso em Castel Gandolfo para escrever a terceira parte de seu livro "Jesus de Nazaré", dedicada aos Evangelhos da infância. Foi o que disse nesta quinta-feira o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, durante uma coletiva com jornalistas. Aproveitamos para repercorrer algumas reflexões sobre a infância de Jesus, sobre a educação à oração recebida na Sagrada Família de Nazaré, feitas nestes anos por( Bento XVI.) Foi numa gruta da pequena Belém, na terra da Judéia, que mais de dois mil anos atrás nasceu aquele Menino que mudou a história do mundo: Jesus. Bento XVI convida a deter-se sobre a cena do Natal. De fato, as primeiras testemunhas deste evento, os Pastores, encontram diante de si não somente o Menino, mas também Maria e José. "Deus quis revelar-se nascendo numa família humana, e por isso a família humana tornou-se ícone de Deus!" – disse o Papa. A família como "ícone da Trindade para o amor interpessoal" é um dos temas estimados por Bento XVI: "José cumpriu plenamente seu papel paterno, sob todos os aspectos. Seguramente educou Jesus à oração, junto com Maria. Ele, em particular, o terá levado consigo à sinagoga, aos ritos do sábado, bem como a Jerusalém para as grandes festas do povo de Israel." "José, segundo a tradição judaica, terá conduzido a oração doméstica quer na cotidianidade – pela manhã, ao entardecer, nas refeições –, quer nas principais ocasiões religiosas. Assim, no ritmo dos dias transcorridos em Nazaré, entre a simples casa e a carpintaria de José, Jesus aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus também a fadiga para ganhar o pão necessário para a família." (Audiência Geral, 28 de dezembro de 2011) E como a Sagrada Família de Nazaré, o Papa exorta as famílias a serem "Igreja doméstica", a rezarem em família. Outro episódio que o Papa repercorre é o da Apresentação de Jesus no Templo. Maria e José levam o Menino a Jerusalém. "Como toda família judaica observante da lei – disse o Papa –, os pais vão ao templo para consagrar a Deus o seu primogênito e oferecer sacrifícios", e a oferta deles será a oferta das famílias simples, ou seja, duas pombas. Nas reflexões o Papa retorna, ainda, sobre a importância da educação à oração e à relação com Deus Pai: "Podemos, então, imaginar que a vida na Sagrada Família foi ainda mais repleta de oração, porque do coração de Jesus garoto – e depois adolescente e jovem – jamais cessará de difundir-se e de refletir-se nos corações de Maria e de José esse sentido profundo da relação com Deus Pai." (Audiência Geral, 28 de dezembro de 2011) (RL)
Ontem publicamos em nosso blog o “Partilhando o YouCat“, e perguntando para algumas pessoas das duas paróquias que participo percebi que ainda são poucas as pessoas que conhecem e sabem o que é o YouCat. Então decidi escrever sobre este presente que recebemos.
O que é YouCat?
YouCat, é a abreviação de “theCATechism for theYOUng”, na tradução ao pé da letra significa “Catecismo para o jovem” ou “Catecismo Jovem”.
Youcat é um verdadeiro presente de Papa Bento XVI para os jovens!
É um livro baseado no Catecismo da Igreja Católica, e foi escrito por jovens e para os jovens. Um manual para que os jovens entendam sobre o que acreditam.
“Hoje, aconselho-vos a leitura de um livro extraordinário”. A intenção é “traduzir o Catecismo da Igreja Católica na língua dos jovens e fazer penetrar as suas palavras no seu mundo”. (Papa Bento XVI)
O YouCat é composto por 527 perguntas e respostas diretas que abordam assuntos da vivência cotidiana da fé católica respondendo as principais dúvidas dos jovens. Ele é fiel ao Catecismo da Igreja Católica, e leva o jovem a entender, e abre caminho para o Catecismo e o Compêndio para um maior aprofundamento da fé.
Em linguagem simples e acessível ao jovem, o YouCat apresenta e ensina tudo o que a Igreja Católica nos mostra como verdade.
Eu já tenho o meu, adquira o seu e siga o apelo do nosso Santo Padre:
Estudai o catecismo! Esse é o desejo do meu coração. Estudai o catecismo com paixão e perseverança! Para isso, sacrificai tempo! Estudai-o no silencio do vosso quarto, lede-o enquanto casal se estiverdes namorando, formai grupos de estudos e redes sociais, partilhai-o entre vós na Internet! Tendes de saber em que credes. Tendes de estar enraizados na fé ainda mais profundamente que a geração dos vossos pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo com força e determinação.(Papa Bento XVI)
O
Legado do Papa Bento XVI para a Conferência Rio + 20, Cardeal dom Odilo
Scherer, destaca ganho na discussão da Conferência da ONU mesmo fazendo
ressalvas sobre lacunas no documento final como aquela que " não se
chegou a estabelecer a contribuição dos países ricos, daqueles que mais
poluem, para formar um fundo a partir do qual possa ser financiada a
economia limpa, a economia verde que se quer promover".
A
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a
Rio+20, será encerrada sexta-feira 22, com a divulgação do documento
final, contendo 49 páginas, denominado “O Futuro Que Queremos”. O
balanço dos dez dias de discussões divide opiniões. Autoridades
brasileiras consideram um avanço a inclusão do desenvolvimento
sustentável com erradicação da pobreza, enquanto movimentos sociais e
alguns líderes estrangeiros condenam a falta de ousadia do texto.
Segundo
a Agência Brasil, o tom de crítica deve predominar nesta sexta-feira,
pois as organizações não-governamentais (ONGs) que promoveram vários
protestos durante a conferência prometem manifestações.
Para o
legado pontifício para a Cúpula, Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo
Scherer, além de algumas lacunas, como a não-criação do fundo de
contribuições dos países ricos, a Conferência trouxe novidades, como a
nova consideração de chefes de Estado e Governo em relação aos oceanos:
“Acredito
que o resultado é bastante positivo, embora haja muitas observações
críticas de que o resultado é menos do que o esperado e que não foi
bastante ousado em estabelecer metas ou medidas concretas que deveriam
ser assumidas. Temos que considerar que numa Cúpula internacional deste
porte, com a presença de quase 190 nações não se pode esperar demais, no
sentido de resultados concretos. A crítica é que, por exemplo, não se
chegou a estabelecer a contribuição dos países ricos, daqueles que mais
poluem, para formar um fundo a partir do qual possa ser financiada a
economia limpa, a economia verde que se quer promover. É uma verdade que
esta lacuna naturalmente deverá ser preenchida através de novas
negociações, com iniciativas como a da França, que anunciou claramente
que quer taxar as transações financeiras internacionais que passam pelo
país, e aplicar esta taxa em uma economia mais limpa e promover a
preservação do meio ambiente.
Existem certamente muitos pontos
positivos a serem observados: a declaração, que foi concordada através
de negociações, contém pontos relevantes, primeiro porque estabelece uma
identificação do que se pode chamar de economia verde, economia
sustentável, colocando três pilares fundamentais. Primeiramente, que o
homem esteja ao centro, e portanto, que a economia sustentável deve ser
socialmente sustentável. Depois, é claro, que a economia seja
economicamente sustentável. Deve seguir as leis econômicas porque senão
se torna um caos. O terceiro ponto, que a economia verde seja
ecologicamente sustentável, que tenha sempre em consideração a dimensão
ecológica da economia, do trabalho, da produção e do consumo. O que
também é novo neste documento, com uma nova posição, é a preocupação com
os oceanos, que até agora nos documentos anteriores estava ausente. Por
isso já se está falando na Conferência que a economia sustentável, além
de verde, deve ser também azul, em referência aos oceanos, às águas.
Outro
apelo que vai aparecendo é que o modelo de economia não deve se basear
simplesmente na produção e no consumo; o critério de desenvolvimento não
devem ser simplesmente os índices econômicos: deve haver um conjunto de
índices que apontem um modelo de desenvolvimento.
Enfim,
acredito que o mais positivo de todas as contribuições que a Rio+20 está
trazendo é uma nova tomada de consciência da comunidade internacional a
respeito dos problemas da sustentabilidade da economia, dos problemas
do clima e da urgente necessidade de todos de fazerem a sua parte; que
não podemos protelar por mais tempo a tomada de decisões porque o clima,
o planeta está reclamando: a sustentabilidade está ameaçada”.
Acontece
em Brasília (DF), de 27 a 30 de junho, na Casa de Formação e de Retiros
Filippo Smaldone, o primeiro encontro dos bispos referenciais e demais
grupos ligados a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação
Bíblico-catequética da CNBB. Ao todo são 37 participantes, de todos os
17 Regionais da CNBB.
Estão
reunidos bispos referenciais de catequese em seus Regionais; o Grupo de
Reflexão Bíblico-Catequética (GREBICAT); Coordenações Regionais da
Animação Bíblico-Catequética; Catequetas; Representantes da catequese
junto às pessoas com deficiência e catequese com indígenas, além da
presidência e assessores da Comissão Bíblico-catequética da CNBB
debatendo os caminhos que se deve seguir a animação bíblico-catequética
no país.
Segundo
dom Jacinto Bergmann, presidente da Comissão e bispo de Pelotas (RS),
esta reunião serve para lançar um olhar em conjunto. “Foi uma ótima
ideia nos reunirmos para definir, em conjunto, as linhas gerais de
trabalho que a animação bíblico-catequética e a iniciação à vida cristã,
tomarão no Brasil”, disse.
O
assessor nacional da Comissão, padre Décil José Walker, falou sobre a
metodologia do encontro. “Os bispos referenciais se reuniram no dia 27,
para traçar os objetivos da reunião, e nos dias seguintes todos nós
debatemos os tópicos e tentamos traçar os melhores caminhos para a
catequese e a iniciação à vida cristã. Foi apresentada ainda a realidade
da catequese nos Regionais e na Igreja no mundo para revermos os
desafios de nossa missão. Então, nossa prioridade é encontrar um
itinerário de iniciação à vida cristã para a catequese no Brasil”,
explicou o assessor.
Já
a assessora da mesma Comissão, Cecília Rover, disse que a reunião quer
reafirmar o compromisso da Comissão com a animação bíblico de toda
pastoral e não só para a catequese, “no sentido de articulação,
organização e implementação de projetos e cursos”.
Lançamento
Em
um dos momentos foi aberto o espaço para o secretário de Comunicação e
Ação Social da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), reverendo Erní Walter
Seibert, que fez o lançamento da Bíblia Sagrada para o programa
Lectionautas.
Segundo
o reverendo, a bíblia é completa, têm indicações para a leitura orante e
textos baseados nas leituras dominicais. “Nossa intenção é que o jovem
leia de forma orante a bíblia e que em seguida compartilhe, forme
comunidades de estudo e debate, seja virtual, na internet, ou
presencial”.
De
acordo com o Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), os católicos permanecem sendo maioria,
embora haja uma maior diversidade religiosa da população brasileira. Os
dados mostram que 64,6% da população professa a fé católica, havendo
72,2% de presença neste credo no Nordeste, 70,1% no Sul e 60,6% no Norte
do país. A proporção de católicos foi maior entre as pessoas com mais
de 40 anos, chegando a 75,2% no grupo com 80 anos ou mais.
A
análise mostra que outros 22,2% da população são compostos por
evangélicos, 8% por pessoas que se declaram sem religião, 3% por outros
credos e 2% por espíritas.
CERIS mostra “Igreja Viva”
O
Censo Anual de 2010 realizado pelo Centro de Estatística e
Investigações Sociais (CERIS) — entidade brasileira de pesquisa
religiosa fundada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) —
revelou uma “Igreja Viva”. É o que afirma a análise sociológica da
evolução numérica da presença da Igreja no Brasil, feita pelo sociólogo
Padre José Carlos Pereira, que também é colaborador do CERIS:
De
acordo com o sociólogo, os dados apontam para o aumento do número de
paróquias e para a criação de novas dioceses, mostrando uma Igreja em
constante crescimento:
“Os teóricos da secularização dizem que a
religião está fadada ao fracasso, mas o que vemos é o contrário, pois à
medida que surge a necessidade da criação de mais paróquias e estas de
serem setorizadas, ampliando, assim, o seu alcance, supõe-se que os
resultados são de uma maior adesão religiosa, inclusive de pessoas
afastadas”, especifica o texto.
O centro de estatísticas também
apontou um crescimento considerável em relação às vocações sacerdotais e
religiosas, confirmando no Brasil a tendência do aumento do número de
sacerdotes diocesanos e religiosos no mundo — conforme divulgou o Setor
Estatístico do Vaticano, na semana passada, ao afirmar que o número
passou de 405 mil para 413 mil.
“O quadro geral mostra uma
vitalidade da religião católica, por meio de um borbulhar de novas
modalidades, ou novas formas de viver a fé católica, por meio das novas
comunidades, novos movimentos eclesiais e da volta às origens dos ideais
das primeiras comunidades cristãs, que tem refletido outro quadro
estatístico, que é da evolução do número de presbíteros entre os anos de
1970 e 2010, conforme vemos na atual planilha do CERIS.Isso indica um
retorno ao catolicismo dos afastados, mas também uma identificação maior
daqueles que já praticavam o catolicismo, mas não se sentiam muito
firmes, identificados com a doutrina católica. Sendo assim, por mais que
se diga que houve aumento no número dos que se dizem sem religião, ou
que cresceu o interesse e as adesões a novos grupos religiosos e a novas
igrejas, a Igreja Católica se revela ainda mais estruturada e em franca
expansão, com seus empreendimentos missionários como, por exemplo, os
que foram propostos pela Missão Continental”, destaca a redação da
análise.
Alguns números da pesquisa
Paróquias
Os
dados revelam um crescimento vertiginoso no número de paróquias entre
os anos de 1994 a 2010, em diversos Regionais da CNBB, com destaque para
os regionais Leste 2 (de 1.263 para 1.722) e Sul 1 (de 1.651 para
2.431) , que correspondem ao Estado de Minas Gerais e Espírito Santo
(Regional Leste 2) e ao Estado de São Paulo (Regional Sul 1), que são os
dois maiores Regionais em número de paróquias e de contingente
populacional.
Padres
Em
2000 eram 16.772 padres. Em 2010 chegou a 22.119 padres. A distribuição
de padres por habitantes é outro fator levantado pela pesquisa. Em 2000
havia pouco mais de 169 milhões de habitantes e para cada sacerdote
eram 10.123,97 habitantes. Dez anos depois havia aproximadamente 190
milhões de habitantes e cada padre teria o número de 8.624,97
habitantes.
A concentração do clero por regiões brasileiras,
segundo a pesquisa do CERIS, mostrou que havia uma concentração maior na
região sudeste em detrimento das outras regiões. Do total de padres no
país a região sudeste concentrava quase metade dos sacerdotes, com 45%. O
sul ficava com um quarto da população de padres, 25%, o nordeste 16%, o
centro-oeste apenas 9%. Já o norte seria a região com menos padres,
apenas 3%.
Estamos diante da questão da identidade de Jesus. Perante isto, dois títulos se confrontam: “Filho do Homem” e “Cristo”. Jesus, com frequência, identifica-se como o “Filho do Homem”. Por outro lado, os discípulos originários do Judaísmo identificam-no como o “Cristo”. O “Filho do Homem” é uma expressão que aparece quase uma centena de vezes no livro do profeta Ezequiel, exprimindo a condição humana comum e frágil de alguém que coloca toda sua confiança em Deus.
“Cristo”, sinônimo de “Messias” ou “Ungido”, é um título aplicado, abundantemente, a Davi, ou a um de seus descendentes, no Antigo Testamento, estando associado à ideia de um chefe poderoso e dominador.
“Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). A Igreja é imortal e seu fundamento deve perdurar sempre.
Nós católicos temos a certeza e o orgulho de sermos a única Igreja cristã edificada sobre o fundamento rochoso, sobre Pedro (ver Mt 7,24). Daí que nós, simples e humildemente, nos orgulhamos em afirmar: “Onde está Pedro, aí está a Igreja!”
Deixemos a primeira pergunta: “Quem dizem os homens que eu sou?”. Respondamos a segunda pergunta: “E vós?”. Hoje, não é suficiente a resposta de Pedro: “O Messias, o esperado de Israel”. A nossa deveria ser: “O Filho de Deus encarnado, ‘que se entregou e morreu por nós’” (cf. Gl 2,20). Por isso, vivemos a vida presente pela fé no Filho de Deus.
Na verdade, essa imagem de Cristo, que levamos dentro de nós desde o batismo, está destroçada ou escurecida. Como poderemos ser apóstolos se não sentimos Sua presença dentro de nós? Como “vender um produto” do qual não estamos, nós mesmos, convencidos?
A resposta de Jesus, dada a Simão, indica que a nossa resposta, admitindo Seu senhorio total como Messias e Filho de Deus, é também um dom do céu. Não seremos os chefes, como Pedro, mas a Igreja estará fundada em nós e nas nossas famílias.
Além de Cristo, como figura central, temos Pedro como figura destacada por duas razões: por sua fé em Jesus e por sua lista de serviços como chefe da comunidade. A revelação de confessar Jesus como Messias, Filho de Deus, é um dom do Pai, e isso serve para todos nós. A chefia da comunidade eclesial é própria dele [Pedro] e continua em seus sucessores através dos séculos. A eles pertence o poder das chaves, jurídico e doutrinal, como o entende a Igreja Católica. Não foi dado este poder aos outros discípulos e, portanto, devemos distingui-lo do poder evangelizador e de governo dado ao resto dos apóstolos, do qual todos nós participamos como discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma missão específica.
Que os dois pilares da Igreja, Pedro e Paulo, intercedam por cada um de nós a fim de que sejamos verdadeiramente discípulos e missionários, exercendo as nossas tarefas diárias e professando a nossa fé em Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo!
Foi lançado o cartaz de divulgação do Enchei-vos 2012! Junto com ele DImuita alegria em saber que faltam apenas dois meses para estarmos todos reunidos no Chevrollet Hall para mais um ano celebrar a cultura de Pentecostes.
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Queridos amigos e jovens!Hoje recomendo-vos ler um livro invulgar. É invulgar pelo seu conteúdo e também pelo modo como surgiu. Gostaria de vos contar um pouco sobre como este livro surgiu, porque logo ficará claro o que ele tem de especial.
Digamos que ele nasceu de uma outra obra, cuja génese remonta aos anos 80. Tanto para a Igreja como para a sociedade mundial era um tempo difícil, em que eram necessárias novas orientações para encontrar o caminho do futuro. Após o Concílio Vaticano II (1962-1965) e numa situação cultural alterada, muitos já não sabiam ao certo em que os cristãos realmente acreditavam, o que a Igreja ensinava e se ela, no fundo, podia ensinar algo, e como tudo isto se inseria numa cultura alterada pelas bases. Não foi o Cristianismo ultrapassado enquanto tal? Pode hoje ser-se crente com a razão? Estas eram questões que até os bons cristãos se colocavam.
O Papa João Paulo II tomou então uma resolução audaz. Decidiu que os bispos de todo o mundo deveriam escrever um livro em que pudessem apresentar tais respostas. Ele confiou-me a tarefa de coordenar o trabalho dos bispos e fazer com que, dos seus contributos, surgisse um livro, um verdadeiro livro, não uma composição de diversos textos. Ele deveria ter o título antiquado de Catecismo da Igreja Católica, mas deveria ser totalmente excitante e novo. Deveria mostrar aquilo em que a Igreja Católica hoje crê e como se pode crer razoavelmente.
Fiquei assustado com essa missão. Tenho de confessar: duvidei de que isso fosse exequível. Pois como seria possível que autores espalhados por todo o mundo compusessem juntos um livro legível? Como poderiam pessoas que vivem em diferentes continentes, não apenas geográficos, mas também intelectuais e espirituais, conseguir juntas um texto que tivesse coesão interna e fosse compreensível em todos os continentes? Ocorreu também que estes bispos deveriam escrever não simplesmente como autores individuais, mas também em contacto com os seus irmãos no episcopado, com as Igrejas locais. Tenho de confessar: ainda hoje, continua a parecer-me um prodígio que esse plano tenha resultado.
Cerca de duas ou três vezes por ano, durante uma semana inteira, encontrávamo-nos para discutir apaixonadamente cada uma das partes que entretanto iam crescendo. Sem dúvida, o primeiro passo foi determinar a estrutura do livro. Ele deveria ser simples, para que os vários grupos de autores, que nós fixámos, pudessem assumir tarefas claras e não tivessem de inserir à força as suas declarações num sistema complexo. Trata-se precisamente da estrutura que encontrais neste livro. É simplesmente retirada da experiência catequética secular: «Em que cremos», «Como celebramos os mistérios cristãos», «A vida em Cristo», «Como devemos orar». Não quero narrar agora como lentamente nos debatemos com a totalidade das questões, até finalmente daí surgir um verdadeiro livro. Numa tal obra pode-se naturalmente criticar algo ou até muito: tudo o que o ser humano faz é insuficiente e pode ser melhorado. Não obstante, é um grande livro: um testemunho da unidade na diversidade. De muitas vozes pôde constituir-se um coro comum, porque tínhamos a partitura comum da fé que a Igreja transmitiu desde os Apóstolos.
Porque conto tudo isto?Tínhamos já tido em conta, durante a composição do livro, que não apenas os continentes e as culturas eram diversos, mas também que dentro das sociedades ainda existiam vários “continentes”: o operário pensa diferente do agricultor, o físico do filólogo, o empresário do jornalista, o jovem do sénior. Portanto, tínhamos de nos estabelecer, em termos de língua e de pensamento, acima de todas estas diferenças, isto é, procurar o espaço da “comunhão” entre os diferentes mundos do pensamento. Assim, tornámo-nos ainda mais conscientes de que o texto necessitava de “traduções” nos diferentes mundos vitais, para aí tocar as pessoas nos seus próprios pensamentos e questões.
Nas Jornadas Mundiais da Juventude que se seguiram – Roma, Toronto, Colónia, Sidney – encontraram-se jovens de todo o mundo. Eles desejam crer, procuram Deus, amam Cristo e querem um caminho de comunhão. Neste contexto, surgiu um pensamento: não deveríamos procurar traduzir o Catecismo da Igreja Católicana linguagem dos jovens, introduzindo as suas grandes afirmações no mundo dos jovens? É claro que também existem muitas diferenças na juventude mundial contemporânea. Assim surgiu, sob a experiente orientação do arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, um “Youcat” para os jovens. Espero que muitos jovens se deixem fascinar por este livro.
Muitas pessoas me dizem: os jovens de hoje não se interessam por isso. Duvido de que isto seja verdade e estou certo do que digo. Os jovens de hoje não são tão superficiais como se diz deles. Eles querem saber realmente o que é a vida. Um romance policial é excitante porque nos insere no destino de outras pessoas, que também poderia ser o nosso. Este livro é cativante porque fala do nosso próprio destino, pelo que está profundamente próximo de cada um de nós.
Assim vos convido: estudai o catecismo! Este é o desejo do meu coração.
Este catecismo não fala ao vosso gosto, nem vai pelo facilitismo. Na verdade, ele exige de vós uma vida nova. Ele apresenta-vos a mensagem do Evangelho como uma «pérola preciosa» (MT 13,46), pela qual se tem de dar tudo. Peço-vos, portanto: estudai o catecismo com paixão e perseverança! Para isso, sacrificai tempo! Estudai-o no silêncio do vosso quarto, lede-o enquanto casal se estiverdes a namorar, formai grupos de estudo e redes sociais, partilhai-o entre vós na Internet! Permanecei deste modo num diálogo sobre a vossa fé! Tendes de saber em que credes. Tendes de conhecer a vossa fé como um especialista em tecnologia domina o sistema funcional de um computador. Tendes de a compreender como um bom músico entende uma partitura. Sim, tendes de estar enraizados na fé ainda mais profundamente que a geração dos vossos pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo com força e determinação. Precisais da ajuda divina para que a vossa fé não seque como uma gota de orvalho ao sol, para não sucumbirdes às aliciações do consumismo, para que o vosso amor não se afunde na pornografia, para não trairdes os fracos nem abandonardes os que foram vitimados. Se, pois, cheios de zelo pretenderdes dedicar-vos ao estudo do catecismo, gostaria de vos dizer uma última coisa para a vossa caminhada: sabeis todos quão profundamente a comunhão dos crentes foi ferida nos últimos tempos pelo ataque do mal, com a infiltração do pecado no íntimo da Igreja, isto é, no seu coração. Não o tomeis como pretexto para fugir do rosto de Deus! Vós próprios sois o corpo de Cristo, a Igreja! Trazei à Igreja o fogo inestinguível do vosso amor sempre que o seu rosto for desfigurado! «Sede diligentes, sem preguiça, fervorosos no espírito, servindo o Senhor!» (RM 12,11) Quando Israel se encontrava na situação mais profunda da sua história, Deus não pediu ajuda aos grandes ou aos notáveis, mas a um jovem chamado Jeremias. Este pensou ter-se tratado de um exagero: «Ah, Senhor Deus! Não sei falar, porque ainda sou um menino.» (JR 1,6) Deus, porém, não ficou desconcertado: «Não digas: Eu sou um menino! Porque irás a todos a quem Eu te enviar; e falarás tudo quanto te ordenar!» (JR 1,7)
Dou-vos a minha bênção e oro cada dia por todos vós.